sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Tentando explicar a história do Brasil III - Do ouro salvador ao grito de independência

E continuamos aqui onde paramos acolá...a cana perdeu a graça...e perdeu mesmo! Não estou falando dela no sentido de doçura, sabor maravilhoso e seu delicioso caldo que combina perfeitamente com um assado de presunto e queijo na pastelaria do china. Não, não meus amigos, a graça que a cana perdeu foi no sentido de não prover mais o sustento do território. Estava se tornando inviável manter-se pela renda da cana, um colapso financeiro se aproximava,  até que num local, onde hoje conhecemos por Minas Gerais (O nome tem a ver com o que vai acontecer depois desse parenteses), foram descobertas vários e vários focos de ouro! Grana amarela! A salvação estava ali, onde muito se aproveitou do que rendia esse tal metal.
Lá onde são Mato Grosso e Goiás também rendia alguns louros aos portugueses. Todo mundo cresceu o olho naquelas minas, mas tudo ficou com os portugas mesmo que mantiveram-se soberanos nas terras e ainda expandiram mais o território, definindo mais ou menos o que é o nosso território hoje.

Vale aí uma maravilhosa observação sobre o que aconteceu no parágrafo anterior, que é o chamado ciclo do ouro, que com a estrada que era o caminho do ouro as minas para a cidade do Rio de Janeiro, foi deixando um rastro de civilização. Muitas cidades, hoje chamadas históricas, e importantes, são derivadas desse processo aí.

Bom, nesse período aí, ou um pouco depois, o coro tava comendo lá na Europa e Portugal ficou na pior. Napoleão, o poderosão daquela época, resolveu invadir as terras lusitanas, o que fez com que a família real deixasse, na minha opinião, vergonhosamente, suas terras. Vieram pra cá, um local ao qual não gostavam e não tinham vontade de estar, principalmente pelo desgraçado clima tropical, mas não tiveram outra opção. A família, sob o comando de outro João (Dessa vez o VI), desembarcou por aqui.

Nessa época, quando interessava, a coroa portuguesa considerava o Brasil parte do império português, mas quando a corja toda voltou para Portugal, tentaram rebaixar de volta à colônia, o que foi prontamente rejeitado pelos brasileiros, incluindo, o Príncipe Pedro, pra nós, Dom Pedro, que tinha ficado por aqui governando o local. A coroa portuguesa queria se apossar do que o Brasil gerava e não rolou. Pessoal se rebelou e, sob o comando de D. Pedro, ouviram do Ipiranga às margens plácidas, naquela data que todo mundo já sabe, __ de ____________ de 1822, o grito. A confusão foi generalizada, muita guerra por todo o território, diferente da impressão que a gente tem quando estuda isso no Ensino Fundamental, que parece que foi bem pacífico. O grito de independência de Dom Pedro só foi ser reconhecido por Portugal quase TRÊS ANOS DEPOIS!
Dom Pedro, ali, se tornou o primeiro imperador do Brasil. Dom Pedro I. Coroa na cabeça dele em dezembro de 1825!
 Fim de papo por enquanto.

TÁ PERDIDO? COMEÇA AQUI:
Introdução
Da chegada à glória da cana

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tentando explicar a história do Brasil II - Da chegada à glória da cana

Dizem que foi em 1500, mas daí a afirmar isso corretamente é estranho. Eu acho essa data redonda demais pra ter sido nela. Sem contar as mudanças de calendário, dia que vai mas não foi, bissextos, bissextos nulos, enfim..."dizem" por aí, ensinaram assim pro professor do meu professor, então foi...

Dizem que foi em 1500 que Pedro Álvares Cabral chegou com sua caravana a esse território aqui. Já era habitado por milhões de japoneses com a pele morena, que muito me intriga a forma como chegaram aqui, mas essa questão passa como uma nuvem em meus pensamentos. O que mais causa discussão a respeito dos japas morenos daqui do território novo é que, para os politicamente corretos (nome moderno para chatos), quem descobriu o Brasil foi essa galera aí, mas eu fico no time do Pedrão Cabral, que tem um belo nome por sinal. Quem descobriu foi ele ora! Ele achou e contou pra todo mundo. É dele. Ou melhor: Deles.

Depois que Pedro e sua turma chegaram por aqui, estranhando os morenos nus, a dificuldade para se instalar foi bem grande. O pau quebrou com alguns índios até que a trupe Pedrina pudesse se instalar em paz. E não foi só com eles não. Os espanhóis, que tinham boa parte do pedaço por aqui também entraram no coro. E o que dizer dos holandeses então que tentaram invadir pela Bahia e saíram escorraçados à bala de canhão.

Lá pelas bandas daquele tempo, quando quem mandava em Portugal era Dom João III (E não se esqueçam dessa numeração porque depois tem outro João), o velhinho mandou uma turma pra cá tomar conta do que era dele depois de tanto embate. O que dizem por aí é que quem veio pra cá era a escória portuguesa. Ninguém queria vir, então vinham os "marginalizados" políticos. Gente que em Portugal não dariam em nada, tipo os chineses que saem do país deles pra fazer enroladinho de presunto e queijo aqui hoje em dia.
O território era grande demais, mas a "esperteza" dos supostos governantes que João escolheu pra controlar isso aqui era maior. Tanto que tempos depois a divisão feita para aliviar um pouco a dureza que era comandar esse lugar enorme e mau quisto se desfez. Foi um belo tiro n'água.

Mas nem só de incompetência foi feita a temporada I dos portugueses aqui em nossa terra. Durante o tempo de adaptação e alojamento dessa turma por aqui, uma grande riqueza foi encontrada para a alegria deles na época, e não estou falando do Pau-Brasil usado pra colorir de vermelho as roupas dos ricos europeus. Estou falando da CANA DE AÇÚCAR. Como aquilo rendeu para os caras daquela época heim!
Rendeu tanto, mas tanto, que a mão de obra portuguesa não dava conta. Como os japas morenos não queriam trabalhar, nem forçados, entram na história os mais morenos de todos: Os negrões da áfrica. Muita sacanagem com os caras. Tinha rei, príncipe, gente que lá na áfrica tinha dinheiro, etc...Foram trazidos pra cá escravizados. Peças de valor. Negrões musculosos e negrinhas prendadas para servir ao português folgado.

Tudo ia caminhando naturalmente com a glória da cana, o trabalho escravo dos negrões, os portugueses produzindo e se reproduzindo, mas a cana perdeu a graça, daí entramos num outro momento da nossa história que vai ter que ficar pro texto III, esse aqui já tá grande demais!

NOS LINKS ABAIXO OS TEXTOS ANTERIORES:
I - Introdução

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Tentando explicar a história do Brasil I - Introdução

Bom meus amigos, pode não fazer muito sentido para a maioria de vocês, mas um professor de matemática, que gosta de escrever e que resolve falar sobre história, pode sim ter crédito.

Em nossos anos escolares ouvimos muitas coisas, lendas ou não, acabamos entendendo uma outra coisa errada e algumas coisas ficam sem resposta.
Não sei ainda em quantos textos contarei, de maneira resumida e com linguagem atual, a história do nosso país.

Eu estive refletindo hoje (14/11), depois de 2 horas de leitura sobre o fim do império e o começo da república, que, eu não consigo perceber hoje a história sendo feita como foi antigamente. Eu sou tão apaixonado pela história do nosso país que chego a sentir saudade das épocas que passaram como se eu tivesse vivido lá.

Espero cativar o interesse de vocês todos, aceito comentários como correções, pois não sou acadêmico no assunto, só um curioso que teve a coragem de se expor.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A coletividade inconveniente do nosso individual

"É incrível como as pessoas se sentem ofendidas quando um outro alguém, pra defender a sua opinião, cita outra da qual é contrário e isso gera uma guerra de nervos."

Coloquei a frase acima como citação, pois eu postava exatamente isto no facebook quando me dei conta de que esta frase merecia uma explicação, ou por minha mania de construir frases extensas que só 50% das pessoas entendem ou ainda por realmente contar com um público desatento que não consegue perceber que se enquadra nas poucas coisas que digo por lá sem citar nomes.

Vejam só, um bom exemplo, a novela Salve Jorge, assim como acontece em todas as outras. Há, sempre no começo dos folhetins globais, uma movimentação da igreja evangélica, uma campanha ferrenha e, vez por outra, até enfática demais, contra o IBOPE ao que se passa no horário nobre da Rede Globo. Pois bem, o que se vê no meio dessa campanha é evangélicos copiando e colando o que ouviram ou leram por aí e defensores da Globo, da Glória Peres, de São Jorge, do Candomblé, seja lá do que for, debatendo como se a discussão fosse realmente mudar a opinião do outro.

Vamos imaginar uma situação hipotética, na qual você, querido leitor, e provavelmente amigo, está em sua casa assistindo TV, de repente chega alguém dentro da sua intimidade e diz que você não deve assistir aquilo. Você atenderia prontamente ou se sentiria no direito de achar a atitude dessa pessoa uma tremenda de uma intromissão?
Hoje em dia, principalmente com facebook, twitter e google juntos, todo mundo quer se tornar um Platão, criar 853 teorias de boas maneiras e métodos excepcionalmente eficientes para cura da depressão. Ainda acho que está demorando aparecer alguém compartilhando que descobriu a cura para o câncer.


Existem poucas coisas que me deixam irritado instantaneamente, uma delas, receber ordens de quem eu não deveria estar recebendo ordens. Ou melhorando essa definição. Alguém que não deveria estar me dando ordens, tentar fazer isso. Quanto mais a pessoa se esforça, mas pro lado contrário eu vou. Acho que por mais que a intenção seja boa, nós precisamos respeitar um pouco mais a individualidade dos outros. Fulano é da minha escola, vou perguntar porque tá matando aula, Beltrano é da minha igreja, vou floodar o perfil dele com lições de moral, Cicrano é lá da minha academia, vou jogar na cara dele que ele malha errado e devia parar de comer hambúrguer. Ah! Pera lá né gente! Tenho certeza que cada um tem consciência de pelo menos 80% dos seus atos e não precisa, ainda mais na vida adulta, de uma sombra sempre por ali querendo aconselhar.


Esse texto, muito embora pareça, não tem nada a ver com algum fato ocorrido comigo, mas se você, que está lendo, se sentir dentro dele com relação a mim ou aos meus, quebra um galho pra mim: Ou para ou fica longe de mim. Gosto disso não.