segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rock in Rio --- Eu não fui!

E os fãs enlouquecidos do Rock de todos estilos se fartam durante horas de muita música e calor humano na chamada cidade do rock (Rio de Janeiro).


Toda a imprensa televisionada, impressa e online se volta para este grande evento idealizado por Roberto Medina (http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Medina), um gênio do empreendedorismo brasileiro, um mito, o Pelé das promoters.


Riiiiiios de dinheiro foram gastos neste evento, tanto por promotores, quanto pelo governo, quanto por patrocinadores quanto por frequentadores do local.


Críticas foram feitas, como é mais do que normal quando se trata de algo tão grandioso como este evento, mundialmente famoso.


E só pra tentar retornar ao meu estilo de postagens aqui, quero mudar totalmente o rumo de elogios e paparicos ao Rock in Rio e abrir algumas questões novas, e outras já até debatidas antes, a respeito do mesmo:


I - Quanto representa em números ou porcentagem a massa verdadeiramente rockeira no Brasil? Porque sinceramente, não há motivos para eu acreditar que pode-se parar um país que é conhecido lá fora muuuuuito mais pelo samba e pelo futebol, para uma festa de rock. Na minha humilde opinião, deveria-se no mínimo chamar esse evento de festa da música, music in Rio, ou algo do tipo, fazer um dia pra cada tribo e ponto final. Essa gafe cometida pela organização que faz com que Cláudia Leitte, considerada uma das grandes artistas do país no momento (não é minha opinião) seja vaiada por 90000 pessoas em pleno Rio de Janeiro.
a) http://ultimosegundo.ig.com.br/rockinrio/claudia-leitte-e-vaiada-no-telao-do-rock-in-rio/n1597249154666.html
b) http://portuguese.christianpost.com/noticias/20110930/claudia-leitte-desabafa-por-fe-em-deus-cheguei-ao-palco/
c) http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110929145904&assunto=100&onde=Viver


II - Será que algum trabalhador curtiu o último show do último dia do evento?
Muito tarde pra um domingo! Eu sinceramente acho que esse evento põe mais uma vez a seriedade do país em cheque. Amanhã é dia de trabalho, de estudo, é um dia útil. Tem mais de 100 mil cabeças se debatendo esperando acabar o último show. Depois a culpa é da segunda-feira, que é chata, que é isso, que é aquilo...


III - Esse evento é quase um bullying social! Em que ano que vai ser o Forró in Rio? Samba in Rio? Música clássica in Rio, ou algo do tipo? Embora o presidente JK tenha feito um grande esforço, o Rio de Janeiro nunca deixará de ser a capital moral desse país. Tudo que acontece no Brasil passa pelo Rio, logo, não dá pra fazer do Rio de Janeiro um palco pra uma galera só.


IV - Roberto Medina e o prefeito do Rio Eduardo Paes anunciaram orgulhosíssimos que ano que vem o evento acontecerá de novo na cidade do Rio de Janeiro no mês de setembro. Ah, imagina. Rock in Rio poderia ser em outro lugar? Óbvio que não! Não?!? Sim! Já houve a insanidade de Rock in Rio Lisboa. Pq não Rock in Lisboa, ô pá!





V - Quando se fala em copa do mundo (que tá custando uma boa grana também), o discurso é: Precisamos deixar um legado ( que é transmitido a outrem que vem a seguir.)
Qual o legado do Rock in Rio? Qual foi antes? Qual foi antes ainda? Qual é o de agora?!?


São questões simplórias, que provavelmente os fãs maravilhados do Roberto Medina vão rapidamente responder, mas eu prefiro questionar do que passar a semana com estas dúvidas.


Não quero ser muito chato. Sei que os amigos rockeiros estarão sinceramente emocionados depois dessas duas semanas, então me despeço pra que minha postagem de retorno ao blog seja no mínimo melhor que azeitona preta. Abraço!